Há lugares onde as palavras da Igreja se tornam carne no quotidiano das pessoas. O Papa Francisco escreveu, há cinco anos, na encíclica Fratelli Tutti, que "a fraternidade não é um conceito abstrato", mas uma realidade que se vive em gestos simples. Em Cabaços, nas festas do Samiguel, essa verdade ganha corpo de maneira luminosa.

A festa nasce da humildade e da terra, do húmus donde vem a humanidade. Vem do milho que mostra já a sua espiga formada por imensos grãos; vem do cacho que é vindimado e que deixa que todas as suas uvas sejam esmagadas para formarem depois o néctar da festa e da alegria. Mas não fica só no campo. Transforma-se em mesa posta, em malga partilhada, em música que reúne todos num mesmo compasso e nas preces que se elevam um só clamor até aos céus, nas asas do Arcanjo Miguel.

Quem visita o Samiguel de Cabaços - seja de perto ou de longe - não encontra apenas uma celebração agrícola. A fraternidade não se proclama em discursos, vive-se na partilha. Vive-se quando o vinho circula sem distinção, quando a broa se reparte em pedaços iguais, quando as sardinhas são dadas e pagas com um sorriso…

É por isto e muito mais que as festas de Cabaços não são museu ou feira de memórias das colheitas: são anúncio de futuro em que é possível um povo ser e viver como irmãos.

Visite Cabaços nestes dias! Aqui vive-se não apenas a "festa das colheitas" de cereais e frutos, experimenta-se sobretudo a colheita da fraterna comunhão.

O Comando Territorial de Viana do Castelo, através do Núcleo de Investigação Criminal (NIC) de Arcos de Valdevez, no dia 12 de setembro, deteve um jovem de 17 anos por tráfico de estupefacientes, no concelho de Ponte da Lima.

No âmbito de uma investigação por tráfico de estupefacientes, os militares da Guarda desenvolveram diligências policiais que culminaram na realização de uma busca domiciliária. A operação culminou na detenção do suspeito e na apreensão do seguinte material:
o 182 doses de haxixe;
o 31 doses de cocaína;
o Uma arma branca;
o Uma balança de precisão;
o Um telemóvel;
o Nove embalagens de sacos herméticos;
o 3 530 euros em numerário.

O suspeito foi detido, e os factos foram comunicados ao Tribunal Judicial de Ponte da Lima.

O Município de Ponte de Lima e o Teatro Diogo Bernardes apresentam, no mês de setembro, uma programação dedicada às comemorações do 129.º aniversário do Teatro Diogo Bernardes, com um conjunto de espetáculos dos mais variados segmentos, desde a música, o teatro, a dança e o stand up comedy, que reflete a continuação da aposta numa oferta de qualidade, diversificada e contemporânea, representativa das diversas artes de palco.

O dia 19 de setembro, o dia de aniversário do Teatro Diogo Bernardes, será marcado pelo concerto de "Ponte de Lima - A Vila dos Encantos", pelas 21.30 horas, que integra um conjunto de obras em estreia, compostas por Luís Pipa para homenagear a vila de Ponte de Lima nos seus 900 anos de existência. O concerto começa com uma peça para piano inspirada no Hino de Ponte de Lima, continuando com uma suite para piano em vários andamentos, que descrevem vários locais e episódios do percurso da Vila ao longo da sua história, sendo as duas obras interpretadas pelo compositor. Segue-se um ciclo de canções com poemas de poetas limianos, ou que escreveram sobre Ponte de Lima, interpretado pela soprano Beatriz Patrocínio e pela pianista Vera Fonte, ambas com raízes limianas. O concerto encerra com uma versão vocal e instrumental do Hino de Ponte de Lima criada por Luís Pipa, em que um conjunto de músicos limianos se junta às duas intérpretes anteriores.

Seguidamente, destaque para o espetáculo "Crente", de Luana do Bem, no dia 20 de setembro, pelas 21.30 horas, o seu primeiro solo de stand-up comedy. A humorista descreve as aventuras, as mentiras e as questões existenciais responsáveis por este estado de coisas, e tenta persuadir-nos a seguir o seu conjunto particular de crenças, num espetáculo que pode ou não ser o princípio de uma seita.

Na área da dança destacamos "O Salvado" - Um solo de Olga Roriz, no dia 26 de setembro, pelas 21.30 horas, onde dez anos passados do último solo, "A Sagração da Primavera", a coreógrafa volta a sentir-se impelida a um novo impacto consigo mesma.

No segmento da música, Vitorino apresenta-se no dia 27 de setembro, pelas 21.30 horas, com o projeto "50 ANOS A SEMEAR A SALSA AO REGUINHO". Com uma carreira de 50 anos, é um dos mais aclamados nomes do cancioneiro nacional. Com 83 anos, nunca deixou de escrever, compor e cantar ao vivo, num reportório com raízes profundas no Alentejo.

Por fim, o espetáculo "Mãos Minhas" de Terra Amarela/Marco Paiva, que parte da iconografia da Pop Arte, para dar a conhecer não só um pouco mais da Cultura Surda, como a própria LGP. Para isso será articulado a vídeo arte, com a Língua Gestual e o Visual Vernacular. Com dois espetáculos diários e exclusivos para público escolar, nos dias 30 de setembro e 1 de outubro, pelas 10.00 horas e 15.00 horas.

Todos os bilhetes para os eventos podem ser adquiridos na bilheteira física do Teatro Diogo Bernardes, de segunda a sexta-feira no horário normal de funcionamento ou então online, no site da BOL - teatrodiogobernardes.bol.pt

Bilhetes à venda na bilheteira física do Teatro Diogo Bernardes ou na bilheteira eletrónica em: https://teatrodiogobernardes.bol.pt.

Venha ao Teatro! Venha ao Teatro Diogo Bernardes. Esta também é a sua casa.

É ao ano de 1916 que as festas do Samiguel nos transportam, evocando a simplicidade e a fé dos dias em que o Anjo apareceu aos pastorinhos de Fátima. Todo o ambiente que nos envolve na festa respira tradição: as roupas de linho e burel, as saias compridas, os lenços na cabeça, os coletes de fazenda, os chapéus de aba larga dos homens, os tamancos a bater no chão empedrado, até a batina e o chapéu do senhor abade…

As lanternas e candeias emitem um brilho quente e acolhedor, como antigamente. O cheiro a pão acabado de cozer no forno de lenha, a fumeiro caseiro e a caldos fumegantes enche o ar, lembrando as cozinhas de outrora. As mesas das tasquinhas, cobertas com toalhas bordadas e com mantas de farrapos, recebem os frutos da terra, gastronomia, artesanato...

As gentes convivem, trabalham, festejam, cantam e falam como se falava dantes, com expressões antigas, com aquele cantar minhoto carregado de alma.

No centro de tudo, a dimensão religiosa impõe-se com solenidade e beleza. A igreja está adornada com milhões de sementes que nos falam da fé de hoje e que ao longo de gerações nos foi sendo legada. As zeladoras e mordomas ao longo dos últimos meses foram habilmente compondo os quadros, os cestos, as ornamentações…

Neste ano, a pedido de imensas pessoas, a festa começará na sexta-feira e com o coração ao alto, com a celebração da santa missa. Pelo que se tem visto nos ensaios do grupo coral, a celebração da missa cantada em latim (como in illo tempore) encherá a igreja com cânticos sagrados de uma pureza intemporal, ecoando entre as paredes como um hino eterno: "Gloria in excelsis Deo", "Sanctus", "Agnus Dei"… É um momento de arrepio, onde o passado e a fé se encontram "pelos séculos dos séculos", exatamente como o tema nos desafia a viver.

Gostaria de convidar Vossa Excelência a vir à nossa festa, nomeadamente à desfolhada (dia 20 de setembro), ao cortejo (dia 21), à lagarada (dia 27) e à procissão dos cestos. Mas junto envio o programa detalhado das atividades.

Venha e traga alguém, porque a festa é de toda a gente; todos são a festa!