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NOTA DE PESAR

O Município de Caminha manifesta o seu profundo pesar pelo falecimento de Vasco Presa, deputado municipal, mestre da pesca e dirigente associativo de referência em Vila Praia de Âncora.

Durante décadas, fez do mar a sua vida, enfrentando as dificuldades e incertezas de uma das profissões mais duras, mas também deixando um testemunho de coragem, sabedoria e experiência reconhecida por todos.

Já em terra, assumiu responsabilidades de dirigente da Associação dos Pescadores Profissionais e Desportivos de Vila Praia de Âncora, onde deu continuidade à sua missão de defesa do porto, das infraestruturas e da dignificação da comunidade piscatória. O seu percurso une a mestria do homem do mar à dedicação do dirigente que lutou sempre pelo bem comum.

À sua esposa, filhos, restante família e amigos, o Município de Caminha apresenta as mais sentidas condolências, associando-se à dor da comunidade piscatória de Vila Praia de Âncora e de todo o concelho.

O Presidente da Câmara Municipal de Caminha decretou um dia de luto municipal, pelo falecimento do deputado municipal Vasco Presa, a concretizar-se no dia do seu funeral.

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Equipamento instalado no Forte da Lagarteira, em Vila Praia de Âncora, já recebeu mais de 21 mil visitantes desde 7 de julho

Repórteres brasileiros visitaram o "Espaço de Memórias do Mar" e a reportagem vai ser exibida no programa "Assim é Portugal"

Uma equipa de repórteres brasileiros do "Assim é Portugal", descrito como "o maior programa de TV independente que promove Portugal no mundo", visitou ontem o "Espaço de Memórias do Mar", instalado no Forte da Lagarteira, em Vila Praia de Âncora. O equipamento, que abriu portas em 7 de julho, é um fenómeno de adesão e popularidade, quer junto da população, quer dos turistas, tendo já ultrapassado 21 mil visitantes, e tudo em pouco mais de três meses. A reportagem será posteriormente emitida no Brasil e através da Internet, em vários canais e redes.

O programa "Assim é Portugal" completa este ano 15 anos de emissões e a produção garante que vem conquistando, a cada semana de exibição, centenas de novos telespetadores. É apresentado por José Carlos Pereira, um luso-descendente que se confessa apaixonado por Portugal e que está há mais de 30 anos na Comunicação Social. "Assim é Portugal" aborda várias temáticas, como Turismo, Empreendedorismo, Informação, Música e Eventos. Pode ser visto, entre outros canais, em: https://assimeportugal.com/ e https://www.youtube.com/@ASSIMEPORTUGAL

E deverá ser na área do Turismo que se vai falar do "Espaço de Memórias do Mar", de Vila Praia de Âncora e do concelho de Caminha. Este Núcleo Museológico é dedicado ao património cultural, natural e marítimo da costa do concelho de Caminha, sendo simultaneamente uma homenagem às gentes do mar.

A recuperação do Forte da Lagarteira pela Câmara Municipal de Caminha permitiu dar uma nova vida ao monumento, essencialmente militar, que agora serve também o lazer, a cultura e o turismo, sem perder de vista a sua vocação inicial. No total, o projeto envolveu um investimento que ultrapassa meio milhão de euros e começou a ser desenvolvido pela Câmara Municipal no final de 2022. O Projeto de Recuperação e Valorização do Forte da Lagarteira tinha por objetivo valorizar o monumento, abri-lo ao público e criar mais um polo de atração para Vila Praia de Âncora e para o concelho.

Desde 7 de julho, o "Espaço de Memórias do Mar" está aberto ao público desde terça-feira a sábado, das 9h00 às 13h00 e das 14h00 às 17h00.

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Incubadora Verde de Argela
acolhe empreendedores e atividades de cowork

O Município de Caminha em cooperação com o Coworking da Quinta da Quinhas, está a desenvolver uma série de atividades na Incubadora Verde de Argela com o objetivo de conhecer melhor o perfil e necessidades de quem empreende na nossa região. Neste sentido já estão a ser realizados dias de cowork, abertos à comunidade, desde o dia 3 de setembro, com o nome de "Pop Up Coworking". Também será realizado um brunch para empreendedores, no dia 20 de setembro, proporcionando momentos e dinâmicas que impulsionarão ideias e, por fim, no dia 24 de setembro, será realizado um encontro aberto à comunidade, que integrará um momento de enquadramento institucional do projeto, um painel de reflexão e discussão com três oradores convidados e breves apresentações de ideias de negócio e projetos empreendedores da região.

Cowork "Pop Up Coworking", para os dias 17, 22 e 30 de setembro, entre as 8h30 e 12h00 e entre 14h00 e 18h00

Brunch para Empreendedores para o dia 20 de setembro, entre as 10h00 e as 14h00, com participação gratuita mas sujeito a inscrição

Meet Up, encontro aberto, com oradores convidados e apresentação de projetos empreendedores da região, no dia 24 de setembro das 16h30 às 19h30

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Exposição patente até 24 de outubro
no Museu Municipal de Caminha

Caminha anda nas "bocas dos viajantes" há mais de dois séculos

O concelho de Caminha anda nas "bocas do mundo" há muito, muito tempo, e pelas melhores razões. E se hoje sabemos que o Turismo está consolidado enquanto forte vocação do território, agora também sabemos que essa tendência já se desenhava há pelo menos dois séculos. Quem por aqui passou, vindo dos quatro cantos do mundo, não ficou indiferente e a experiência ficou documentada, num espólio que pode agora ser admirado no Museu Municipal de Caminha, na exposição "Caminha Vista pelos Estrangeiros - Livros de propaganda de viagem publicados no estrangeiro entre 1820-1974", que resgata um acervo essencialmente particular, mas não só, e o abre ao público, até 24 de outubro.

A exposição nasce de um trabalho de investigação realizado por dois docentes da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, Vasco Ribeiro e Elisa Cerveira. Os investigadores partilham há muito o estudo científico de inúmeros temas, de que se destaca a investigação sobre propaganda de viagem e história da promoção turística de Portugal.

Na apresentação da mostra, sábado, Vasco Ribeiro contou que esta exposição partiu de um desafio lançado pelo Presidente da Câmara, Rui Lages, logo que tomou conhecimento da investigação. Na verdade, revelou o investigador, a análise dos múltiplos documentos cedo mostrou que Caminha parecia sobressair, até porque muitos forasteiros destacavam no Alto Minho dois concelhos: Caminha e Viana do Castelo, o que também é visível nos mapas antigos do território, que acompanham a mostra.

O Presidente da Câmara apoiou de imediato a ideia de partilhar com o público esta investigação, de carácter científico, que mostra um concelho diferenciador, um concelho de Caminha que deixou e deixa uma marca nos turistas e visitantes. Rui Lages recordou que as potencialidades turísticas se têm afirmado, hoje de um modo diferente e estrutural, lembrando que, desde 2013 "crescemos no número de dormidas 158%", fruto de um trabalho de parceria, com os empresários da hotelaria e com o Turismo do Porto e Norte, cujo Vice-Presidente, Cancela Moura, participou na inauguração deste sábado.

A intenção é "alavancar estes nossos territórios, sublinhar o fator de atratividade e desenvolvê-lo", disse o Presidente da Câmara, frisando a importância da exposição na promoção da Cultura.

A presente exposição resulta assim da consulta de duas mil obras, maioritariamente do espólio particular de Vasco Ribeiro, que tem por hábito visitar alfarrabistas por qualquer lugar onde passe nas suas deslocações, sejam profissionais ou de lazer. Esse trabalho foi complementado pela consulta de outras obras na Biblioteca Nacional, na Biblioteca Municipal do Porto e em fundos digitais como os da UNESCO.

Os comentários dos investigadores evidenciaram um enorme entusiasmo no trabalho realizado. A visita à exposição foi amplamente comentada, tendo-se destacado algumas descrições e algumas obras que se encontram nas vitrines.

Conforme referiu Elisa Cerveira, esta é uma exposição essencialmente bibliográfica, fruto maioritariamente de uma coleção que foi nascendo quase por acaso, hoje com mais de dois mil livros, mas revela uma visão do estrangeiro sobre Portugal: é uma perspetiva única, quando fazemos qualquer análise, porque tem a virtude de ser uma visão não enviesada pelo olhar pessoal e nacionalista, esta é uma visão isenta, de quem está fora e olha para Portugal, sublinhou.

Entre os livros analisados há os que fazem a descrição de viagens maioritariamente. A investigadora lembrou a prática inglesa, entre os mais abastados, de realizar uma viagem pela Europa e de que existem hoje livros - livros de viagem. Explicou que alguns são continuações das cartas que os viajantes enviavam para familiares e amigos, descrevendo a viagem, e que agora ajudar a suportar esta mostra.

Há muito para descobrir nos documentos, desde a descrição das mulheres, e das gentes, o acolhimento, as referências a Caminha, Moledo, Vila Praia de Âncora, Seixas e outros locais. O concelho de Caminha aparece descrito, nos documentos mais antigos citados, como um território de duas mil almas. Mas há também empresas e unidades identificadas e avaliadas pelos visitantes, como o Hotel Luso Brasileiro ou a Pensão Meira, muito destacada, de resto, na década de 50/60, o antepassado mais remoto do Hotel Meira.

Como referimos, a mostra é essencialmente bibliográfica, mas dela resultou um livro, que reúne os aspetos essenciais recolhidos a partir da investigação, e que será apresentado dentro de cerca de duas semanas.

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Exposição abre no dia 6 de setembro, no Museu Municipal de Caminha

Caminha vista, elogiada e criticada por turistas estrangeiros que a visitaram nos últimos séculos

Entre 1820 e 1974, dezenas de viajantes estrangeiros escreveram sobre o concelho de Caminha, fixando em livros de viagem, publicados em Paris, Londres, Leipzig, Nova Iorque, Madrid e noutras cidades, as suas impressões sobre este concelho do Alto Minho. Muitas dessas obras nasceram no contexto de campanhas militares, memórias pessoais, diários ou relatos de aventura, integrando-se no vasto universo dos travel books, que promoviam a imagem de uma Europa visitável, pitoresca e, em determinados momentos da História, segura.

A exposição Caminha Vista pelos Estrangeiros - Livros de propaganda de viagem publicados no estrangeiro entre 1820-1974 resgata esse espólio esquecido e apresenta-o ao público, no Museu Municipal de Caminha, de 6 de setembro a 24 de outubro.

Trata-se de uma exposição focada em livros editados no estrangeiro entre a Revolução Liberal (1820) e a Revolução de Abril (1974), que propõe um percurso textual e documental onde se cruzam diferentes olhares estrangeiros sobre a paisagem, os costumes, a gastronomia, a arquitetura e o povo dos diversos lugares do concelho de Caminha.

A base documental, proveniente de uma coleção particular com cerca de dois mil livros de viagem, mas também de obras consultadas na Biblioteca Nacional, na Biblioteca Municipal do Porto e em fundos digitais como os da UNESCO, permite revisitar uma memória projetada a nível internacional, construída a partir das mundividências percecionadas pelos viajantes e enriquecida por registos únicos sobre a história local.

O presidente da Câmara Municipal de Caminha, Rui Lages, refere que "esta não é apenas uma exposição sobre Caminha. É também sobre Vila Praia de Âncora, Seixas, Lanhelas, o vale do Coura e tantos outros lugares do nosso território que, ao longo dos séculos, despertaram o encanto e o olhar de autores vindos de fora". Congratulando a Universidade do Porto pela organização, não hesita em assegurar que a exposição "será um gesto de afirmação de Caminha como território com história, com presença e com identidade".

A iniciativa conta com a curadoria de dois docentes e investigadores da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, Vasco Ribeiro e Elisa Cerveira, que têm vindo a desenvolver investigação sobre propaganda de viagem e história da promoção turística de Portugal. São autores de dezenas de estudos e responsáveis por exposições semelhantes, como Porto Sentido de Fora, apoiada pela Câmara Municipal do Porto em 2018, e Viseu pelas Bocas do Mundo, apoiada pelo Município de Viseu em 2019.

Segundo os curadores e autores do livro - que será lançado ainda no mês de setembro, em data a anunciar - "a escolha do concelho de Caminha para este estudo nasceu da constatação, algo reveladora, da variada e intensa importância que as sucessivas gerações de viajantes estrangeiros atribuíram nos seus relatos a Caminha, bem como ao vale do Coura e do Âncora". Acrescentam ainda que "em cada passagem dos autores estrangeiros, o concelho não surgia apenas como escala efémera, mas como território destacado e descrito com atenção e relevo, o que acabou por revelar aos investigadores uma dimensão inesperada e rica do lugar na literatura de viagem".

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Edições C@2000

Cemitérios de Caminha - Fragmentos de memória
Autor: Lurdes Carreira
Edição: C@2000


Há estórias de casas e casas com história
Externato de Santa Rita de Caminha
Autor: Rita Bouça
Edição: C@2000


República em Tumulto
Autor: Paulo Torres Bento
Edição: C@2000

História Nossa
Crónicas de Tempos Passados
por Terras de Caminha e Âncora
Autor: Paulo Torres Bento
Edição: C@2000

Do Coura se fez luz
Hidroeletricidade, iluminação pública
e política no Alto Minho (1906-1960)"
Autor: Paulo Torres Bento
Edição: C@2000/Afrontamento
Apoiado pela Fundação EDP

Da Monarquia à República no Concelho de Caminha
Crónica Política (1906 - 1913)

Autor: Paulo Torres Bento
Edição: C@2000


O Estado Novo e outros sonetos políticos satíricos
do poeta caminhense Júlio Baptista (1882 - 1961)

Organização e estudo biográfico do autor por Paulo Torres Bento
Edição: C@2000


Rota dos Lagares de Azeite do Rio Âncora

Autor: Joaquim Vasconcelos
Edição: C@2000


Memórias da Serra d'Arga
Autor: Domingos Cerejeira
Edição: C@2000

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