TRIBUNA
Espaço reservado à opinião do leitor
A CRIATURA E OS CRIADORES
O Bloco Central político (PS e PSD) e a sua central dos negócios milionários têm sido uma verdadeira fábrica de horrores.
Foram eles que criaram o Chega e o continuam a alimentar, arriscando-se a ser devorados pelo "monstro".
A esmagadora maioria dos que deixaram de acreditar no sistema, perderam a esperança e estão revoltados, ou engrossam a abstenção ou votam no Chega.
Por isso, basta ao Chega funcionar como o megafone da vox populi e amplificar as suas frustrações e anseios mais prementes.
A única maneira de "esvaziar" o Chega é o Bloco Central começar a fazer o que deve ser feito, não com proclamação de intenções, mas com acções concretas.
Para isso, têm que arrepiar caminho e recentrar o foco da sua missão em SERVIR e não SERVIR-SE.
Para tal, por muito que lhes custe, devem restaurar o primado do mérito, colocando as pessoas certas nos lugares certos. Em vez de colocar o pessoal do partido, nos lugares-chave da administração, devem nomear os mais competentes e mais íntegros.
Como cada organismo reflecte a imagem de quem o dirige, experimentem líderes com provas dadas, competentes, sensatos e íntegros e a mudança parecerá milagrosa.
Dá vontade de rir quando os grandes comentadores da nação afirmam que a forma de combater o Chega é o PSD e o PS desmontarem o seu discurso e as suas promessas.
Quem?
Aqueles que, há CINQUENTA anos, prometem o novo aeroporto e nos têm presenteado com um espectáculo deplorável?
Aqueles que dispuseram de meios financeiros, como nunca, (Europa e impostos) e deixaram degradar o SNS ao nível dum país de 3º mundo, por razões ideológicas e porque teimam na colocação dos boys, nos lugares de comando?
Aqueles que avariaram irreparavelmente o elevador social que deveria ser a escola pública impedindo os filhos das famílias mais carenciadas de terem uma vida melhor que a dos seus pais?
Aqueles permitiram esta crise na habitação, sem precedentes, que expulsa as famílias para as preferias, cada vez mais longínquas, impede os jovens de sair de casa dos pais e de constituírem família e estão a converter cidades, como Lisboa, em verdadeiras "Disneylandias"?
Aqueles que, há muitos anos, prometem e "reprometem" o novo Hospital de Barcelos, sem qualquer vontade de cumprir a promessa?
Aqueles que empurraram os jovens mais qualificados para a emigração?
A queles que, desde que começaram os apoios comunitários, gastaram centenas de milhões de euros, triplicaram a dívida, aumentaram brutalmente os impostos e puseram os serviços públicos de pantanas?
Se tivessem vergonha, deveriam todos sair de cena porque a sua simples presença, em palco, encoraja o voto no Chega.
Vantagens de uma relação de profunda afeição
As pessoas verdadeiramente humanas, educadas e formadas nos valores fundamentais, que a caracterizam como um ser superior, portanto, acima das minudências mesquinhas da vida egocêntrica, por vezes, excessivamente materialista e, aparentemente, alheia às preocupações e dificuldades da família e dos amigos, certamente que se revelam pelos seus gestos, palavras, atitudes, e comportamentos simples, como sendo, afinal, próprios de carácteres bem-formados, generosos, tolerantes e magnânimos.
De facto: é nas muitas e pequenas coisas da vida quotidiana que melhor se compreende a estrutura ético-moral e psicossocial de uma pessoa; não tanto nas grandes e várias intervenções, esporádicas, por vezes, muito bem elaboradas, calculadas no tempo, no espaço e nas circunstâncias mais propícias à admiração, ao elogio, à tentativa de rotulagem altruísta, que alimentam o ego, a vaidade e a ideia de importância, no seio de um determinado grupo societário.
Naturalmente que são muito importantes e, em algumas situações, a prática de atos verdadeiramente corajosos, altruístas, benevolentes, inimitáveis, e que as pessoas que os praticam com honestidade intelectual e ético-moral, despojadas de quaisquer interesses materiais, que ocorrem e se destinem, exclusivamente, a um bem-comum, ou mesmo particular, no sentido de proporcionar uma situação melhor, à que vigorava antes de tal ato, então, nestas circunstâncias, o correspondente comportamento é louvável, deve ser objeto da mais elevada consideração, estima e até amizade para com a pessoa que assim procede.
Certamente que também se conhece, por outro lado, que há pessoas que, ao longo da sua vida, no seu dia-a-dia, praticam atos, proferem palavras, assumem atitudes que, passando, inclusivamente, despercebidas aos olhos da maioria, por serem simples, humildes e discretas, que pouca importância se lhes atribui, porém, revelam, inequivocamente, o bom caráter destas pessoas, a sua apreciação, afeição e, eventualmente, amizade e respeito pelos seus semelhantes.
No decurso da vida, exercem-se múltiplas funções, envolvemo-nos em diferentes relacionamentos, convivemos em diversos contextos e, em todas as situações, temos sempre a oportunidade de sermos verdadeiros, genuínos e simples, aplicarmos com sinceridade os nossos valores e sentimentos, deixarmos as nossas emoções fluir, sem complexos. Tudo isto é possível, e quanto mais caminhamos pela "estrada da vida", e nos aproximamos do seu fim, mais vulneráveis ficamos, porque a sensibilidade como que se refina, na aprendizagem que vamos adquirindo na "Universidade da Vida".
Com efeito: "A escola da vida é que nos está dando oportunidade de aprendermos a nos tornarmos melhores pessoas, mais sábias, inteligentes, menos carentes, mais autênticas e maduras. Estamos procurando ter mais consideração, dignidade, honra, respeito e liberdade. E aplicá-los na prática com sabedoria, seja na família, na sociedade ou no mundo corporativo." (CARVALHO, 2007:13).
Como é bom recebermos: atenção, consideração, estima e carinho de pessoas simples, que têm atitudes nobres, com autêntica humildade, em que um sorriso e um brilho nos olhos, nos transmitem sentimentos de verdadeira amizade, de grande simpatia; como é bom termos essas pessoas, incondicionalmente, do nosso lado, solidárias, amigas e leais, que nos protegem, nos apoiam em pequenos e grandes projetos que, generosamente, nos compreendem e toleram, sempre com imensa ternura e afabilidade; como é importante sabermos preservar, com afeição, cumplicidade, confiança e gratidão, estas pessoas que revelam por nós um verdadeiro "Amor-de-Amigo", sem reservas nem suspeições.
Que bom que é usufruirmos de uma relação de profunda afeição com estas pessoas simples, tímidas, mas com um caráter magnânimo. Todos caminhamos pela "linha irreversível da vida", e a maior gratificação que se pode obter é, sem dúvida alguma, sabermos que não estamos sós.
Tudo indica que: "Com a idade, poderá encontrar-se rodeado de amigos e pessoas que se preocupam genuinamente consigo, que proporcionam toda a segurança que resulta de ser amado e tratado com dignidade e respeito. Esses amigos, essas pessoas, tornam-se então a sua verdadeira família. Essas pessoas também podem partilhar os seus valores espirituais." (BRIAN, 2000:103).
Bibliografia
BRIAN L. Weiss, M.D. (2000). A Divina Sabedoria dos Mestres. Um Guia para a Felicidade, alegria e Paz Interior. Tradução, António Reca de Sousa. Cascais: Pergaminho.
< p>CARVALHO, Maria do Carmo Nacif de, (2007). Gestão de Pessoas. 2ª Reimpressão. Rio de Janeiro: SENAC Nacional.
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