Após os incómodos causados pela instalação da rede de saneamento, permanecendo os pisos de algumas artérias da freguesia em mau estado durante bastante tempo, a Junta de Freguesia ainda desconhece qual a data em que será ligada esta rede, acreditando mesmo que o gás natural seja conectado antes dela, embora falte a ligação com Venade, explicou Carlos Alves, presidente da Junta de Freguesia, perante as questões colocadas pela oposição socialista no decorrer da Assembleia de Freguesia deste mês.
Competirá à AdAM proceder à ligação do saneamento, frisou este autarca eleito pela CDU, mas nem o técnico camarário que acompanha esta obra sabe qual a data, embora este processo já se encontre nas mãos da empresa das águas.
Com estes atrasos na rede de saneamento, a Junta crê que o gás natural poderá mesmo vir a ser utilizado com mais brevidade ("dentro de poucos meses") em algumas casas, embora a APA (Agência Portuguesa do Ambiente) tivesse vetado a passagem da tubagem para o gás através do caminho da Calçada, obrigando a seguir pela EN301 e com regresso posterior à veiga.
Ainda relativamente à rede de saneamento, os caminhos de Chães, Tornicos e Aveleira necessitam de uma regularização célere, porque os moradores são obrigados a sair à rua de galochas quando chove, revelou o autarca.
A iluminação pública e a habitação social preocupam a oposição socialista, tendo Julieta Pires interpelado o Executivo local sobre a necessidade de criar mais pontos de luz ("há que pressionar a EDP", vincou) e a perguntar se a Câmara Municipal possuía um programa para alojamento.
"A EDP divorcia-se das suas responsabilidades", e demora muito tempo a proceder às reparações e substituições das lâmpadas, lamentou Carlos Alves, ao que se associou nos últimos meses o mau tempo. Contudo, Câmara Municipal e Junta de Freguesia têm "insistido" junto dessa empresa privatizada para que proceda aos arranjos necessários.
Nas informações entregues pela Junta aos delegados relativamente à sua actividade no último trimestre, constava uma verba de 16.500€ empregues pelo Executivo em "limpeza e higiene", o que levou a oposição socialista a pedir explicações, revelando o tesoureiro da Junta João Areeira que se reportavam às limpezas das bermas e valetas de Vilar de Mouros.
15 famílias a necessitar de habitação
Segundo revelou o presidente da Junta de Freguesia, existem "variadíssimas" famílias a necessitar de habitação social, nomeadamente nos lugares da Ranha, Aveleira e Marinhas, apontando para um número superior a 15, as quais já foram sinalizadas e indicadas à Camara Municipal de Caminha.
Desconhecem a situação dos projectos camarários relativamente a estes problemas, e se existe algum co-financiamento que possibilite atender às necessidades sentidas pela autarquia.
Orçamento com 140.000€
A Junta de Freguesia viu aprovado por unanimidade o Orçamento para o próximo ano, o qual atinge os 140.000€, prevendo movimentar 120.000€ de receitas correntes e 18.000€ de capital, "fazendo o que não fizemos" até ao presente, precisou Carlos Alves, assacando responsabilidades à impossibilidade de não terem concretizado o que se propunham, ao facto de haver dificuldades em contratar empreiteiros.
Obras no telhado do Centro de Convívio e pintura do interior da sede da junta, bem como a manutenção de portas e janelas, serão apostas para os próximos doze meses.
Referiu o aumento de 20% concedido pelo Município para as despesas correntes, um aumento pequeno, mas que compreendem face "aos momentos muito complicados" que se vivem e "não há milagres", acentuou.
Vilar de Mouros poderá ver melhorada a Estrada da Ponte e o Caminho da Buraca, bem como prevê a intervenção/manutenção no cemitério, prometendo insistir junto da Câmara Municipal para que seja repavimentado o troço da Estrada da Ponte, entre o Largo do Casal e Estrada Nacional n.º 301, a repavimentação e colocação de lombas na Estrada da Cavada, marcação da Estrada do Funchal e da Estrada de Marinhas.
A instâncias do delegado Pinheiro Torres, a Junta confirmou que a Câmara Municipal já tinha pago todas as verbas contratualizadas com a freguesia, excepto a ultima tranche de despesas de capital que estava pendente do envio da respectiva factura, o que aconteceria neste mês, garantiu Carlos Alves.