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Reunião camarária

Ferry-boat a navegar quando a Xunta da Galiza reparar o pontão

No que concerne à operacionalidade do ferry-boat Stª Rita de Cássia, ela está perfeita, assumiu Rui Lages, presidente da Câmara Municipal de Caminha, no decorrer da primeira reunião camarária deste mês, quando foi interpelado pela oposição sobre o reinício da carreira fluvial.

Rui Lages esclareceu que o único problema reside na parte espanhola, uma vez que os Portos da Galiza, departamento dependente do Governo da Xunta, tem de disponibilizar meio milhão de euros para reparação do pontão de atracagem da margem galega colapsado há mais de um ano.

O autarca caminhense não quis antever datas para a reativação do transporte fluvial, porque tudo depende do Governo do PP da Galiza, o qual tinha apontado a conclusão da reparação do cais, só para depois do Verão do próximo ano, segundo fora informado pelo alcaide de A Guarda que anseia pela retoma da ligação fluvial com Caminha.

Ainda relacionado com o Rio Minho, a oposição, pela voz de Liliana Silva, pediu que fosse feito o ponto da situação sobre a reparação do paredão da beirada do rio, junto às pesqueiras de Lanhelas, face a informações que reputou de desencontradas acerca da obra.

A Agência Portuguesa do Ambiente vai financiar esta empreitada com 100.000€, trabalhos estimados em 140.000€, recorde-se, referiu o presidente da autarquia, após ter obtido um "parecer positivo" da parte da Capitania de Caminha.

Outas das questões levantadas pelos representantes da OCP, prendeu-se com a degradação do tabuleiro do viaduto sobre a antiga EN13 e a linha do caminho de ferro, na Cruz Velha, em Vila Praia de Âncora.

A veradora Liliana Silva apontou o caso de uma viatura atingida por uma pedra, cuja proprietária do veículo ainda aguarda pela respectiva indemnização. Este pequeno acidente não era do conhecimento do presidente Rui Lages, prometendo ir indagar o que se tinha passado.

Quanto à reparação desta passagem desnivelada, admitiu ser uma obra "complexa", envolvendo o Ministério das Infraestruturas que já tinha enviado técnicos especialistas ao local a fim de verificar o que deverá ser feito, tendo sido contactadas já duas empresas especializadas, acreditando Rui Lages que o Orçamento para 2023 possa incluir uma verba para esse efeito.

Duas alterações ao estacionamento na Av. Santana, em Moledo, e na Av. Marginal de Caminha, apesar de aprovadas, nunca foram implementadas, recordou a edil social-democrata, entendendo, por conseguinte, que deveriam ser revogadas.

As empresas não realizaram as respectivas obras e Rui Lages recordou que a alteração a introduzir em Moledo não merecera a concordância da população.

Igualmente relacionado com o trânsito, a colocação de uns pequenos mecos no Terreiro, em Caminha, a fim de evitar que as viaturas invadam e estacionem em zonas pedonais, divide opiniões.

Na série de interpelações dirigidas ao presidente da Câmara, Liliana Silva incluiu esta situação, apontando o exemplo de uma pessoa que tropeçou num dos mecos e ia caindo.

Estes obstáculos não constavam do projecto inicial de reabilitação do Terreiro, admitiu Rui Lages. Contudo, o "estacionamento abusivo" (incluindo motos) obrigou a que fosse tomada esta medida, dando como exemplo a passagem de veículos por debaixo da Torre do Relógio.

O líder do Executivo insistiu na necessidade de existência de algo que impeça estes abusos. Recordou que apesar da colocação de passadeiras para peões, pelas quais as pessoas devem circular, na prática, isso nem sempre acontece. Perante esta situação, Rui Lages está aberto a encontrar outras alternativas, admitiu.

A avaliação dos funcionários camarários, através do SIADAP, mereceu igualmente alguma discussão entre ambos.

No campo do ensino, o edil da oposição Nuno Pereira pediu algum empenho na concretização de algumas reparações nas escolas primárias, merecendo a concordância do presidente, mas reforçando este que tinham sido levadas a cabo diversos melhoramentos, dando exemplos, assim como assegurou que já tinham sido adquiridas algumas cortinas ("black-outs", definiu-as o vereador da OCP) com a intenção de escurecer algumas salas de aula para que imagens pudessem ser projectadas.

Um programa de reforço de consumo de fruta nas escolas, na tentativa de levar a que os alunos comam mais produtos vegetais, incluindo verduras, na hora dos lanches, mereceu um debate entre a vereadora Liliana Silva e Liliana Ribeiro, responsável pelo sector educativo, frisando esta que tal programa tem vindo a ser implementado há já algum tempo.

Um projecto de compostagem dos resíduos domésticos lançado pela Município de Caminha para as vilas de Caminha e Vila Praia de Âncora, poderá ser alargado a outras freguesias, ponderou Rui Lages, após o vereador Nuno Pereira ter sublinhado que essa vontade de reciclar os restos de comidas era manifesta noutros pontos do concelho. O presidente insistiu que se encontram a avaliar a reutilização desses bio-resíduos, para que possa abarcar outros locais da geografia caminhense.

De novo a questão das limpezas foi trazida a mais uma sessão do Executivo caminhense, quando Liliana Silva acusou a Luságua de não estar a executar correctamente as suas funções. Criticou a empresa por ter depositado lixo junto ao posto de turismo de Vila Praia de Âncora e na praia, além de ter lançado terra para dentro dos contentores do vidro, tendo exibido fotos. A sua colega Idalina Fernandes voltou a insistir na limpeza insuficiente das ervas nesta vila.

"Lamento e envergonha-nos que tenham deitado lixo na praia", desabafou o presidente do Executivo, após o que esclareceu que tinha havido uma reunião alargada a fim de discutir o problema da recolha de resíduos durante o verão, um período em que a população aumenta significativamente, a par da eliminação das ervas, o que o levou a equacionar um debate sobre a reutilização de herbicidas, porque uns são contra, outros a favor e alguns não manifestam opinião. Referiu que de momento o uso de produtos químicos é legal. Relativamente à limpeza de Vila Praia de Âncora, sugeriu que o encarregado camarário se deslocasse aos locais problemáticos na companhia da Luságua, no intuito de resolver esses problemas.

Protocolos e subsídio

Em termos de deliberações, foi aprovada nesta sessão a celebração de um protocolo com uma familiar de José Correia, para que o espólio dos trabalhos deste artesão passassem para a guarda do Museu Municipal de Caminha, assim como foi decidido subsidiar o Clube de Andebol de Caminha (fez 35 anos de vida neste dia, 6 de Outubro) com 2.000€, estabelecer protocolos com a AMFF para alargamento do ensino da música e com a ETHOS para "promover a intervenção educativa e terapêutica assistida por animais (cães)".


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