Já é a quarta vez que publicamos uma notícia sobre a falta de atendimento telefónico no Centro de Saúde de Caminha - agora prosaicamente e a despropósito intitulado Foz do Minho, depois o terem elevado (?) à categoria de Unidade de Saúde Familiar -, sem que o assunto seja resolvido.
"Já nem telefono"!, disse-nos um morador em Arga de Cima que na passada Terça-feira às 6H45 foi o primeiro a chegar junto do Centro de Saúde - e que se "abrigava" do vento sul agreste por detrás da parede envidraçada -, a fim de conseguir um consulta aberta. O que conseguiu.
"Se fossem eles a ter de vir para aqui, isto (dos telefones) já estava resolvido", desabafou enquanto ia conversando sobre o seu dia-a-dia na Serra d'Arga. Os rebanhos de ovelhas e cabras. O lobo jovem que alguém matou. E assim iam passando o tempo à espera que a unidade de saúde caminhense abrisse as portas às 8 horas.
"Se ao menos houvesse um banquinho para nos sentarmos!", desabafava outra utente acabada de chegar, após perguntar quem era o último da fila, porque os utentes têm de se controlar uns aos outros a fim de que ninguém se adiante indevidamente, como sucede por vezes, por mera distracção ou chico-espertice, o que pode gerar alguma discussão.
Voltamos a solicitar à ULSAM de Viana do Castelo uma resposta sobre esta indefinição dos telefonemas, depois de nos ter sido dito que o assunto iria ser resolvido até final de 2021. Até porque o pretexto da vacinação do Covid para não haver atendimento telefónico já não se coloca.
Pela segunda vez, não obtivemos resposta.