A assembleia geral do Centro Social e Cultural autorizou a direcção a comprar pelo preço de 11.000€ o terreno com uma área de 2.700 m2 pertencente à Câmara Municipal de Caminha, onde se encontra instalado o edifício do Centro Cultural, de modo a adapta-lo e ampliá-lo para funcionamento da ETAP-Escola Profissional.
Desde 1989 que a Coopetape, proprietária da escola profissional, mantinha um protocolo com o CSCVPA que lhe permitia que os cursos de formação profissional funcionassem no complexo sócio-educacional intergeracional desta instituição.
Contudo, devido à pandemia, e para evitar contactos entre professores e alunos e utentes do Lar e Jardim de infância, a partir de Março de 2020 teve de abandonar o edifício de cima (Centro Social). E como o "retorno às antigas instalações está fora de causa", dado não existirem "condições para dar continuidade ao projecto assente na intergeracionalidade que vigorou até 2020", haveria que encontrar outras alternativas.
Para que o protocolo de cooperação de incidência financeira existente desde 1989, entre a Coopetap e o Estado, se mantivesse, e fosse possível obter uma nova Autorização Prévia de Funcionamento pelo Ministério da Educação, seria necessário legalizar os terrenos onde foi construído o Centro Cultural, para que a ETAP se candidatasse aos fundos ao Plano de Recuperação e Resiliência, uma vez que não possuía recursos próprios para a concretização das obras de adaptação e ampliação deste complexo cultural.
2021 ainda fortemente condicionado pela pandemia
Nesta reunião, foi ainda aprovado o relatório de actividades e contas de 2021, período durante o qual as valências sociais continuaram a ser "fortemente afectadas pelas medidas restritivas da liberdade de circulação no espaço público", tendo sido referido que, "felizmente", não tiveram problemas de saúde complicados, não se verificando qualquer "surto epidémico", graças à vacinação e à dedicação do pessoal da Centro Social, o qual mereceu um louvor, registe-se.
Apesar dos condicionalismos com origem na pandemia, o CSCVPA prosseguiu com os projectos de arquitectura e especialidades destinados à ampliação do Complexo Social e ampliação do Lar de Idosos, prevendo criar mais 20 vagas para residência temporária de idosos e "ampliação para norte, criando mais 19 vagas com a mesma finalidade".
Foi aproveitada a apreciação do relatório de actividades para referir que a Câmara Municipal já lhes tinha vendido a um preço simbólico (8150€), 2.000 m2 na parte alta do complexo, para construção do Lar de Idosos.
Os problemas com origem na pandemia, levou a que fosse suspenso e posteriormente cancelado o ATL, mantendo-se em funcionamento a creche "Mundo Colorido" com a frequência de 60 crianças.
Quanto à valência do RSI, apesar de ainda em funcionamento, tudo dependerá da passagem destas competências para as câmaras municipais e dos valores que vierem a ser canalizados, uma vez que "temos vindo a registar prejuízos de vulto com a manutenção desta prestação de serviço de interesse social", alertou a direcção presidida por José Luís Presa.
RAP-Âncora
Um apoio às crianças e jovens vítimas de violência doméstica deu origem à criação do projecto RAP-Âncora, num suporte psicológico, financiado pelo Portugal 2020, que abrange ainda a "prevenção e combate à violência contra as mulheres e a violência doméstica".