Jornal Digital Regional
Nº 592: 16/22 Jun 12
(Semanal - Sábados)






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Visita da PJ perturbou vereadores do PSD

Mário Patrício tomou a defesa da vereação social-democrata no decorrer da última reunião camarária no seguimento da rusga policial realizada pela PJ no dia 29 de Maio, conforme demos conta na ocasião.

O vereador frisou que "não esmoreceremos" e pediu aos seus colegas de vereação para que "não se deixem ir abaixo com estas notícias", realçando que o que "é importante é que vejam a obra feita" e "o futuro o dirá".

O autarca recordou já ter passado por situações idênticas em Valença e assegurou que "não roubamos nada, nada escondemos e as obras estão no sítio", pelo que tudo não passará de "interpretações" partindo de premissas erradas.

Deu a sua versão das obras no "Morber", no canil/gatil, nas piscinas, lamentando que alguma imprensa tenha feito leituras da situação que, na sua óptica, não corresponderiam ao que a Polícia Judiciária teria solicitado aquando da sua presença nas instalações camarárias.

Mário Patrício centrou ainda a sua intervenção nos ajustes directos, dizendo que não faria sentido entregar obras a mais a outro empreiteiro que não àquele que já estava a construir (deu como exemplo o "Morber", cujo campo de jogos e bancada trocaram de sítio com o parque de estacionamento) e foi mais atrás para recordar que no caso do Pavilhão Municipal de Caminha (construído há 12 anos) não fora outra empresa que efectuara os trabalhos a mais.

Noutro ponto, considerou que alguns ajustes directos não o são, mas sim "ganhos", e que sempre que havia necessidade de realizar os ajustes, realizavam consultas a pelo menos duas empresas mais.

"Deus é grande", vaticinou Júlia Paula

No seguimento desta intervenção dirigida aos vereadores da oposição que escutaram calados, a presidente Júlia Paula, ao seu melhor estilo "jardinista", atacou jornalistas e jornais, sem precisar a quem se dirigia.

De entre os comentários feitos, falou de "jornais e pasquins" (não sabemos se aludia a quem a PJ já solicitou algumas edições); referiu-se a pseudo-jornalistas (talvez aqueles que recentemente passaram de égua a burra, quando a teta apertou); aludiu aos que "nunca fizeram nada na vida que não fosse falar dos outros" (talvez, dizemos nós, recordando quem se reformou aos 47 anos); falou de "discurso incendiário, sensacionalista e levantando suspeitas" (espelho meu, espelho meu…); não esqueceu os "prazeres efémeros" (terá alguma relação com…?); nem deixou de ameaçar: "Não podem esticar a corda de mais, porque podem correr riscos, que podem trazer alguns desgostos" (será que não terá sido a própria que já a esticou em demasia?). Como súmula do que JP disse - tudo por culpa da presença da PJ na câmara - e da "muita frustração" que certos jornais e jornalistas revelarão, mostrou-se esperançada na fé divina, desabafando: "Deus é grande".