Intensificam-se os preparativos para a Festa do Corpo de Deus que decorrerá na próxima Quinta-feira nesta vila.
Os diversos grupos de rua que desde há cerca de um mês preparam os verdes e moldes que servirão para emoldurar algumas das ruas desta vila e a rua da Igreja Velha, em Vilarelho, atarefam-se, porque o tempo voa, e tudo deve estar a postos ao princípio da noite do dia 6, para dar início à grande maratona de arranjo e decoração destas artérias.
Demos com o grupo que vai arranjar o piso da Rua 16 de Setembro e parte da Rua da Matriz na árdua função de retirar os frutos de ramos de palmeiras e cortar os verdes transportados pelos jardineiros camarários para um armazém onde montaram o seu "ateliê".
"Só utilizamos produtos naturais. Não queremos serrim e outras coisas artificiais", garantiu-nos Ana Luísa Pinto, uma das pioneiras destas andanças juntamente com "a D. Dolores Pires", mas que não quis revelar os motivos figurativos deste ano. "É um segredo!", justificou.
Face à impossibilidade de encontrar um espaço disponível numa destas duas artérias, como recurso, usaram o referido rés-do-chão de um antigo bar junto à Torre do Relógio, mas na R. Direita.
Henrique Baixinho, trocou por algumas horas diárias a sua vocação pelo remo, para dar uma ajuda nestas tarefas, para que a "tradição não se perca", frisou, enquanto que se debruçava sobre um desenho do pintor caminhense Mário Garrido que servirá de base à decoração deste quarteirão.
A importância de "meter gente nova" foi relevada por Ana Luísa Pinto, bem como por Clarisse Neves e sua mãe Fernanda com 86 anos, que desde o reatamento desta tradição em meados dos anos 90 do século passado - era pároco das duas paróquias o malogrado padre David -, não deixam de dar o seu contributo, aos que se juntam também "pessoas de Lanhelas", referiu a antiga enfermeira do Centro de Saúde de Caminha.
Tudo a postos, portanto, a seis noites da Festividade!