Preparativos para a Festa do Corpo de Deus
começaram um mês antes

Celebra-se na próxima Quinta-feira a Festividade do Corpo de Deus em Caminha e Vilarelho e os preparativos iniciaram-se um mês antes em diversos pontos da sede do concelho e na freguesia vizinha.

As comissões organizadas por ruas atarefaram-se no corte dos verdes transportados pelos serviços camarários para os locais de concentração dos moradores estrategicamente distribuídos pelas artérias pelas quais passará a Procissão na tarde do próximo dia 11, com excepção da R. das Flores, mas cujos comerciantes não deixam de se associar à festa.

Na R. do Vau (S. João), numa antiga loja de cobres artísticos, uma dezena de homens e mulheres juntam-se a partir do fim da tarde. Atarefam-se a preparar os verdes que incluem o grosso dos tapetes, um trabalho algo penoso, porque os galhos custam a cortar, sendo necessário boas tesouras e dedos resistentes.

Até este ano, concentravam-se na garagem do Fernando Reis.

Maria Teresa Morais, admitiu que "chego a estar aqui 7 a 8 horas por dia, porque também venho de manhã e à tarde", enquanto que a sua companheira Iracema Lemos, residente na Av. S. João de Deus, distribui a sua ajuda por três ruas: "De manhã fui para a Corredoura, de tarde para a R. das Flores e à noite venho para aqui", assim explicou o seu périplo pela vila.

Embora não seja natural de Caminha, há já dois anos que se integra nestes grupos porque "gosto da Festa, se não, não vinha", além de ajudar a fazer os tapetes na véspera do Dia 11.

Não se queixa dos dedos, dado que "as tesouras cortam bem" e recorda que no ano passado chegou a acabar o tapete às sete horas da madrugada mas, houve quem já terminasse a colocação dos verdes e pétalas já passava das dez horas da manhã ou quase na hora de sair a procissão.

Todos e todas são unânimes em apontar Agostinho Carneiro e sua esposa Mariazinha como os principais impulsionadores da criação do tapete nesta artéria caminhense.

Questionada a revelar o tema central do tapete deste ano na R. do Vau, apenas referiu que não terá nada de especial, embora não vão esquecer uma alusão ao Ano Paulino (dedicado a S. Paulo) que em 2009 a comunidade católica celebra.