Grupos de moradores encontram-se há já alguns dias a preparar os verdes e flores que atapetarão algumas ruas, como é o caso da R. 16 de Setembro e parte da Matriz até ao Largo do Hospital.
Ana Luísa Pinto é uma das pioneiras, pois há já 15 anos que se iniciou nestes preparativos, como voltou a suceder agora, no interior de um anexo à Casa das Torres, juntamente com mais outras 10 a 15 pessoas, um número inferior, no entanto, ao de anos anteriores, admitiu.
O mais custoso é o corte dos verdes, a primeira fase dos trabalhos e que mais penosa se torna, não só pelo volume de arbustos necessários, como pela própria dificuldade em retalhá-los.
"Temos jardins para nós", referiu Ana Luísa Pinto, numa alusão à reserva que certas casas fazem para esta época, de modo a ser possível reunir a quantidade necessária.
Fez questão de frisar que apenas utilizam flores (cravos, hidranjas e giribérias) e verdes na decoração das ruas desenhada por uma pessoa que tem colaborado sempre.
"Gosto de colaborar para enfeitar a rua por onde vai passar o Senhor", assim justificou Maria Isabel Bouça a sua participação nestes trabalhos diários, ao fim da tarde e à noite, altura em que "os prolongamos mais um bocadinho".
Tal como a sua colega, assinalou que o corte dos verdes é o mais complicado e doloroso, "porque são duros", mas tudo se justifica pela Festa do Corpo de Deus e pela "sardinhada" que realizam no local que serviu como ponto de trabalho, alguns dias depois de concluídos os festejos.
Devido ao calor que se tem feito sentir, as flores não faltaram, havendo-as em quantidade e diversidade. Muitas são oferecidas, mas outras, têm de ser compradas.
Na próxima Quinta-feira, os caminhenses e visitantes apreciarão a imaginação das obreiras (na sua maioria mulheres) da festa de 2006.