O primeiro mini-temporal deste Outono, ocorrido no dia 28 de Setembro, pôs em risco a plataforma de atracagem e um "boat-house" fixa a ela desde finais de Junho destinado a fins turísticos.
Ventos fortes de noroeste, chuva e maré a subir, fizeram com que os tirantes de suporte desta estrutura fluvial se despegassem parcialmente do paredão da Av. Entre-Pontes, colocando-a em risco de ser arrastada pelas águas, conforme as fotos documentam.
A sapata em cimento de suporte da passagem para a plataforma rebentou e a situação só não teve consequências maiores porque as condições climatéricas melhoraram no dia seguinte.
Segundo nos revelou o Comandante da Capitania de Caminha, a quem compete fiscalizar o "boat-house" depois de a Câmara Municipal ter "licenciado" a sua colocação, após vistoria da DGRM e Polícia Marítima, entraram em contacto com a empresa proprietário do barco flutuante - com cerca de 30 toneladas de peso, registe-se - a fim de que "sejam tomadas medidas", ao mesmo tempo que vão monitorizando a situação.
A Câmara Municipal foi informada da situação, encetou diligências para que houvesse um reforço da amarração e deu ordens para que o barco casa seja retirado o mais rapidamente do Rio Coura, dando um prazo de uma semana. Entretanto, os dois motores deste barco/casa (que pode navegar, embora estivesse atracado (amarrado) à prancha) foram removidos, perante a possibilidade de a estrutura se desprender totalmente e perderem-se, face a algum embate.
Refira-se que a Corema tinha solicitado informações à APA e SEPNA sobre o licenciamento deste barco cama turístico em Zona de Rede Natura 2000.
Apenas o SEPNA (Serviço de Protecção da Natureza e Ambiente da GNR) respondeu à associação ambientalista face às suas preocupações ambientais, nomeadamente a nível de águas residuais lançadas no rio Coura, dizendo que a Capitania tinha informado que "estava em situação regular", estando a acompanhar a situação.
Quanto às águas residuais, este barco casa possui uma bomba maceradora (reservatório de águas residuais utilizados em barcos), mas não pretendiam utilizá-la, sem que antes estivesse ligada à rede de saneamento, não pretendendo lançamentos de dejectos para o rio, embora em Agosto tivessem estado pessoas no barco.
Os estragos causados na plataforma e nos tirantes, bem como as reparações, serão suportados pela empresa proprietária (de capital franceses e já com alguns investimentos no concelho), disse-nos a Câmara Municipal, atendendo a que ela possui um seguro para esse efeito. Entretanto, o local foi vedado e já compareceram técnicos de modo a avaliar a melhor forma de retirar o barco casa da água.
Segundo nos referiram ainda alguns especialistas, teriam faltado estiradores correctamente colocados para reforço do barco atado apenas à prancha.
Árvore derrubada na Senhora da Ajuda
Como consequência do temporal deste dia, uma árvore que já se encontrava morta junto à Capela da Senhora da Ajuda, à beira do Sapal do Rio Coura, foi derrubada, mas sem consequências porque tombou para a parte interior do espaço que envolve essa capela.