Marina Gonçalves, uma seixense que manteve a pasta da Habitação Social após a agitação no Ministério das Infraestruturas resultante do anúncio da localização do futuro aeroporto de Lisboa por parte do ministro Nuno Santos, disse ao C@2000 que prosseguem os contactos com a Câmara de Caminha a fim de intervir "nos vários instrumentos de habitação social".
Recordou a existência da estratégia local de habitação apresentada, pretendendo "reabilitar os fogos do IHRU e os privados no Bairro dos Pescadores de Caminha", juntamente com outros investimentos nessa estratégia local (incluindo o Bairro Social de Seixas) e que "estão neste momento em curso, em fase de projecto, para depois avançar o investimento".
Esta governante referiu ainda "uma segunda componente de financiamento para alojamento local e temporário", em relação ao qual se encontram a trabalhar com a Câmara de Caminha, a fim de concretizar até 2026, perante "aquela barreira temporal que temos para garantir o financiamento comunitário", recordou.
Comparticipação a 100% pelo PRR
Adiantou que se encontram "numa primeira fase mais administrativa do projecto e a intervenção é feita pelo Município em articulação com a Secretaria de Estado da Habitação Social e o Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana", acentuando que estes projectos são comparticipados a 100% pelo PRR.
"Se tudo correr bem, contamos lançar a empreitada do concurso (Bairro Social de Caminha) para o próximo ano", adiantou Marina Gonçalves, e posteriormente, "tudo dependendo do procedimento", entrará em obra, o que poderá suceder já em 2023 ou no ano seguinte.
Quanto às demais intervenções, elas deverão estar concluídas até 2026, acentuou.
Na sua óptica, tanto Caminha como todo o país beneficiarão com estes investimentos na habitação social, considerando acertada a aposta do Município caminhense e, no seu caso pessoal, considerou "ser um gosto, em particular, ter este investimento em Caminha" e poder constatar que "a nossa terra está a crescer".